Mozart Neves Ramos
Nos últimos tempos, tenho me dedicado a observar com mais atenção determinados valores e atitudes que o stress do mundo contemporâneo, algumas vezes, não me permitia. O porquê desta mudança ainda não está claro para mim. Talvez pela necessidade de me tornar uma pessoa melhor para os que me cercam. Talvez pela necessidade de compreender melhor o mundo, as pessoas. Talvez porque não dei o tempo necessário, ao longo de minha vida, para abrir o coração e a mente a valores tão caros de nossa juventude. Não quero traduzir juventude com o número de anos vividos e sim como um eterno compromisso com os nossos ideais. Aristóteles, quando perguntado sobre o que é ser um amigo, dizia “é uma alma em dois corpos”. Não sei se os jovens de hoje podem naturalmente compreender o valor da amizade. Será que o tempo acelerado desses novos tempos permite o tempo para isso? Às vezes, preocupa-me o pouco tempo que o jovem deste novo mundo, das amizades pela internet, tem para si e para os outros. O próprio sentimento de solidariedade será que faz parte da agenda dele? Se não tenho respostas claras para isso, preciso ao menos explicitar para eles as minhas inquietações. Talvez no silêncio, o jovem de hoje encontre a paz e o desejo da amizade que pairam no coração como uma pluma, leve e hospedeira de amor. É importante crer que isto é possível. Há uma bela mensagem de crença no amor infinito em direção a Deus, escrita por um prisioneiro judeu num campo de concentração: “creio no sol ainda quando não está bri
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